sábado, 11 de setembro de 2010

Florestas podem armazenar menos carbono do que se pensava

Um estudo indica que as florestas tropicais podem armazenar muito menos carbono do que se pensava.
Pesquisadores utilizaram mapeamento por satélite, sondagem de mata rasteira e levantamentos de solo local em uma grande área de floresta tropical do Peru. O objetivo era estimar quanto carbono realmente é bloqueado nas florestas.
Os resultados revelaram uma variabilidade grande, até então desconhecida, na densidade de carbono armazenada nas florestas. Segundo os pesquisadores, esse armazenamento de carbono diferiu entre os tipos de floresta e de geologia básica. Por exemplo, onde as rochas subjacentes eram mais jovens, os solos e as florestas continham mais carbono.
O estudo também revelou grandes perdas de carbono devido ao desmatamento, agricultura, mineração e construção de estradas, mesmo em áreas ainda cobertas por floresta. Mas foi descoberto bastante carbono acumulado ao longo de florestas naturais que recresceram em terras abandonadas.
O Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática diz que deve haver cerca de 587 milhões de toneladas de carbono armazenados na área de estudo, 43.000 quilômetros quadrados de floresta de várzea na região de Madre de Dios no Peru. Porém, os pesquisadores afirmaram que o número real é apenas 395 milhões de toneladas, um terço menos.
A descoberta é considerada importante, já que há planos para que governos de todo o mundo se juntem para ajudar a proteger os países tropicais, justamente por causa de suas florestas. Mas se elas não forem realmente úteis em reduzir o aquecimento global, não valeria a pena aplicar esse dinheiro.
Ainda assim, é preciso que os países com grandes florestas tropicais as protejam, porque cerca de 15% das emissões globais de dióxido de carbono são provenientes do desmatamento tropical.
Pesquisas similares estão sendo desenvolvidas em outras áreas do mundo, para melhorar as informações sobre florestas tropicais e carbono. [NewScientist]

Ração temperada com orégano faz com que vacas emitam menos gases

Você já ouviu dizer, com certeza, de que boa parte dos gases que são prejudiciais ao meio ambiente e que aumentam oaquecimento global são emitidos pelas criações de gado e de outros animais. Mas cientistas descobriram uma forma simples de diminuir o problema: temperar a ração dos bichos com orégano.
Mundialmente, estima-se que as vacas sejam responsáveis por 37% da emissão de metano “extra” (sem contar o que é emitido pela natureza, sem interferência humana). E, ao contrário do que você pode pensar, a maior parte do gás não sai por trás da vaca, e sim pela frente, resultante do processo de digestões seguidas do bovino.
Depois de pesquisar várias substâncias, os cientistas descobriram que o orégano diminui expressivamente a quantidade de metano emitida no processo – até 40% a menos.
E, para que os produtores não digam que acrescentar a erva à ração causará prejuízo, os cientistas também constataram que, durante os testes, as vacas produziram cerca de 1,4 quilos a mais de leite do que o normal. [LiveScience]

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Governo brasileiro libera construção de barragem em afluente do Amazonas



 O governo do Brasil deu o seu aval formal para a construção da terceira maior barragem hidrelétrica do mundo em um afluente do Rio Amazonas. Depois de vários desafios legais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu assinar o contrato para a barragem de Belo Monte, com o consórcio Energia Norte.
A licitação para o projeto, liderado pela companhia estatal Hidroelétrica do São Francisco, teve que ser interrompida três vezes até que o governo o permitiu.
Os críticos dizem que o projeto irá danificar o ecossistema local e deixar 50 mil pessoas desabrigadas, principalmente indígenas. Mas o governo diz que é crucial para o desenvolvimento e criação de empregos.
Na cerimônia de assinatura do contrato, em Brasília, o presidente Lula disse que ele mesmo havia criticado a barragem, até que aprendeu mais sobre o assunto. Segundo ele, essa é uma vitória para o setor de energia do Brasil. Também afirmou que eles levaram seriamente em conta as questões ambientais e sociais antes de tomar a decisão.
Essa proposta, de construir uma barragem hidroelétrica no rio Xingu, tributário do Amazonas, no estado do Pará, tem sido uma fonte de controvérsias. O projeto inicial foi abandonado na década de 1990 em meio a protestos generalizados, tanto no Brasil e no mundo.
Grupos ambientalistas dizem que a barragem de seis quilômetros de comprimento irá ameaçar a sobrevivência de grupos indígenas, e muitas vidas poderão ser afetadas pelos 500 quilômetros quadrados de terra inundada.
A promessa é de que o consórcio vencedor vai pagar mais de um bilhão de reais para proteger o meio ambiente. A barragem será a terceira maior do mundo, após a das Três Gargantas na China e Itaipu, que é dirigida conjuntamente por Brasil e Paraguai.
Espera-se que custará entre R$ 19 bilhões e R$29 bilhões, e fornecerá eletricidade para 23 milhões de casas.
Como a economia do Brasil continua a mostrar sinais de crescimento, os ministros dizem usinas hidrelétricas são uma forma vital para assegurar o abastecimento de energia na próxima década e, pelo menos 70 barragens estão sendo planejadas para a região amazônica nos próximos anos.
Já os críticos afirmam que a usina Belo Monte será altamente ineficiente, gerando menos de 10% da sua capacidade durante três a quatro meses do ano, quando os níveis de água estão baixos. [BBC]

domingo, 5 de setembro de 2010

A cidade de lixo de Manshyiat Naser



Manshyiat Naser é uma espécie de favela, ou gueto, da cidade de Cairo, capital do Egito. Mas ela é mais conhecida como “A cidade de lixo” por causa da enorme quantidade de detritos que ficam espalhados pelas ruas.
As fotos podem parecer montagem, mas Manshyiat realmente existe e pessoas realmente vivem lá. A “cidade” tem ruas, casas, apartamentos e funciona como uma comunidade qualquer. O que muda é o trabalho dos habitantes da região: eles não só moram no meio do lixo, mas tiram seu sustento dele.

E, acredite se quiser, são os próprios moradores, conhecidos como Zabbaleen, que trazem o lixo para a região (usando carros, caminhões, ou qualquer outro meio de transporte) e separam o reciclável do resto.

Apesar de parecer um sistema absurdo, graças aos Zabbaleen, 80% de todo esse lixo é reciclado – o resto serve de alimentos para porcos ou é queimado, sendo usado como combustível. E o lixo representa um terço de todos os detritos produzidos no Cairo.

Cada rua e cada edifício de Manshyiat são completamente tomados pelo lixo e você pode encontrar homens, mulheres e crianças fuçando na sujeira, sempre procurando por algo para vender.


O modo de vida dessas pessoas se tornou também um modo de deixar as cidades mais limpas e o modelo foi copiado por outras cidades no mundo: Bombaim, Manila e até mesmo Los Angeles.[OddityCentral]